19/7/2011 6:44, Por Agência Brasil
A taxa de desemprego chegou a 6,2% em junho e é a menor para o mês desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters projetavam 6,1%. Calculado para as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, de Recife, do Rio de Janeiro, de Salvador, de São Paulo e de Porto Alegre, o indicador caiu 0,2 ponto percentual em relação a maio (6,4%) de 2011 e 0,8 ponto percentual na comparação com junho (7%) de 2010.
Em números absolutos, a população desocupada representou 1,5 milhão de pessoas em junho deste ano, 172 mil a menos do que no mesmo período de 2010 – uma queda de 10,4%. A população ocupada não mudou muito em relação à taxa de maio deste ano e ficou em 22,4 milhões.
– Isso representa uma estabilidade, o mercado ficou parado em junho. A inflexão da taxa de desemprego que era esperada não se efetivou. Você tem um mercado de trabalho que não contrata e mesmo com a redução da desocupação, ela não foi significativa. É um período de expectativa de aumento da ocupação e de queda na taxa para um nível menor – disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas com carteira assinada no setor privado foi 10,8 milhões em junho, taxa considerada estável. Na comparação com a de igual período do ano passado, houve um aumento de 6,2%, o que significa a criação de 634 mil postos de trabalho formal.
Os setores que impediram a inflexão da curva do desemprego em junho estão diretamente ligados à demanda do consumidor, em meio às medidas do governo para conter a inflação, segundo Azeredo. A ocupação no comércio caiu 1,7% entre maio e junho e no setor de outros serviços, que incluiu hospedagem, turismo, transporte e outros, encolheu 1,2%.
Na outra ponta, a indústria ampliou seu quadro em 29 mil pessoas, graças ao desempenho de São Paulo.
No semestre
A taxa de desemprego encerrou o primeiro semestre em 6,3%, contra 7,3% no mesmo período do ano passado. Em 2010 como um todo, ano de forte aquecimento da economia, a taxa média de desemprego foi de 6,7%, a mais baixa da série.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$ 1.578,50, refletindo aumento de 0,5% em relação a maio deste ano e de 4% ante o valor apurado em junho de 2010.
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