sexta-feira, 8 de abril de 2011

PSDB e a influência na educação

A oposição ao governo de Antonio Anastasia (PSDB), liderada pelo PT, reagiu a uma prova aplicada a estudantes pela Secretaria de Educação de Minas que relaciona o ex-presidente Lula a corrupção.
Em fevereiro, alunos do primeiro ano do ensino médio fizeram um teste de história em que uma das questões exibia uma charge adulterada de autoria cartunista Jean, publicada na Folha em novembro de 2007.
A prova questiona o que a imagem quer dizer. A opção certa, pelo gabarito, é a que fala que a charge sugere a "relação entre movimentos sindicais do início da década de 1980 e o mensalão, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política".
A imagem usada pelo governo mineiro, porém, é diferente da versão original. Na Folha, o título é "CPMF", e Lula dá "favores" e "cargos" a políticos. Na prova, o título é "Operação Abafa", e Lula distribui dinheiro.
Jean disse que sua charge foi tirada de contexto.
O teste é parte de um exame que avalia o nível de conhecimento dos alunos da rede estadual. Os estudantes têm cerca de 15 anos.
Os petistas reclamaram que outra questão aborda pontos positivos das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.
A Secretaria de Educação lamentou as questões e as chamou de "inadequadas".
Em nota, a oposição mineira reclamou do uso de dinheiro público para "luta partidária" e diz que a prova visa "impor uma versão unilateral, improvável, sobre determinados fatos".
"Eles levaram uma disputa político-partidária para a prova. Se o aluno não tiver a visão do governo do Estado, vai ser mal avaliado", disse o deputado Rogério Correia (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O petista acusou o governo de fazer uso ideológico do Estado em favor do PSDB, do governador Anastasia.
Correia disse que vai mandar um requerimento ao governo pedindo satisfações e a averiguação dos responsáveis pela prova.
A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas, Beatriz Cerqueira, disse que os professores ficaram "indignados" com a prova, que, diz, desqualifica o movimento sindical. A entidade, filiada à Central Única dos Trabalhadores, é alinhada à oposição.

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