O projeto de Lei com o reajuste do mínimo dos servidores foi aprovado nesta terça-feira e passará a ser de R$ 600,00. A administração afirma que tem compromisso de manter o piso municipal acima do piso nacional, porém a iniciativa não deveria ter como parâmetro este indicador, mas sim a possibilidade regional. Como bem sabemos a cidade de Várzea Paulista, ao lado de Campo Limpo Paulista, o piso salarial mínimo praticado é de R$ 741,14, o que evidencia a possibilidade da prática de salários bem superiores aos propostos em Campo Limpo. A desigualdade ainda é maior se compararmos o orçamento das duas cidades que é praticamente o mesmo, porém a cidade de Várzea Paulista conta com uma população de 107.000 habitantes e apenas 34,7 quilômetros quadrados, enquanto Campo Limpo Paulista tem uma população de 71.000 habitantes e uma área geográfica de 80 quilômetros quadrados.
A situação demonstra que a administração pública de Campo Limpo Paulista não tem qualquer comprometimento com o crescimento econômico da cidade e conduz a política salarial municipal de modo a manter o dinheiro público fora de circulação. O investimento na melhoria do funcionalismo e da qualidade de vida da população passa também por investimentos mais amplos junto ao funcionalismo o que fará que a economia da cidade caminhe a passos largos de encontro ao crescimento econômico de toda a população, interferindo diretamente na melhoria dos índices de desenvolvimento humano (IDH), mortalidade infantil, desenvolvimento da educação entre outros.
Fica claro para nós campolimpenses que a administração poderia praticar melhores salários para o funcionalismo público e só não o faz por não fazer parte da sua política de investimentos. Os servidores públicos, por meio de seu órgão de classe, deveria ter como bandeira de luta a paridade salarial aos servidores de municípios vizinhos.
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