"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário (...), enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas (...) em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!". Assim August Spies, um dos líderes e oradores da greve de 1886, a favor da luta por direitos trabalhistas, fez sua última defesa, dando início a um caminho de debates e conquistas para os trabalhadores do mundo inteiro. Hoje, mais de um século depois, o Brasil possui 29.876.476 empregados com carteira assinada, tendo seus direitos preservados e observados.
Além de Spies, outros líderes trabalhistas e operários foram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio daquele ano para protestar contra as péssimas condições de trabalho da época, por meio de manifestações, passeatas, piquetes e discursos. O confronto dos operários com a polícia acarretou em prisões e mortes. Por outro lado, a greve geral também contribuiu para a redução das jornadas de trabalho (8h), direitos garantidos e mais dignidade. Em homenagem a essas pessoas, o 1º de maio tornou-se o Dia do Trabalho.
Não apenas nos EUA houve conquistas e protestos, o Brasil também foi celeiro de grandes avanços. Desde que deixou de ser colônia portuguesa, as políticas mercantilistas e a mão-de-obra escrava abriram caminho para práticas capitalistas de mercado e serviço assalariado.
Os ganhos foram ascendentes, em 1888, com a abolição da escravidão; 1907, primeira lei sindical; 1919, primeira lei de acidentes do trabalho; 1939, criação da Justiça do Trabalho e 1943, instituição da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), um marco na regulação das relações individuais e coletivas de trabalho.
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