O deputado estadual Frei Anastácio, que é vice-presidente do PT-PB e, a partir de agora também, membro do Diretório Nacional do partido (DN), classificou de muito positivas e avançadas as resoluções tiradas no encontro nacional do Diretório, realizado no final semana, em Brasília. Foram aprovadas duas resoluções: uma política e outra sobre a reforma política. “As resoluções nos dão orientação sobre como agir, nos estados e municípios. Na análise de conjuntura, vimos um PT fortalecido e uma oposição fragmentada no país”, disse Frei Anastácio.
Os petistas entendem que sofrendo seqüelas do último pleito e envolvidos em contradições internas, os adversários do PT e do governo Dilma estão se fragmentando. Frei Anastácio destaca que o esvaziamento do DEM, desidratado pelo lançamento do PSD em formação, acena para eventual fusão com o PSDB. Envoltos numa guerra de cúpula pelo comando do partido e às voltas com a debandada de seis vereadores paulistanos, os tucanos debatem-se à procura de um rumo para a oposição.
A resolução política do Diretório Nacional do PT enfatiza que “em grande medida, tanto o DEM quanto o PSDB, que sempre atuaram a serviço da globalização neoliberal, hoje em crise, vivem também - e por isso mesmo - uma profunda crise de identidade. Carecendo de projeto nacional soberano, órfãos até de um programa oposicionista, vêm se pulverizando. Resumo da história: em artigo que acendeu polêmica em suas próprias hostes, até seu patrono intelectual desistiu de dialogar com o povo”, diz a resolução política, aprovada pelo DM.
Financiamento público de campanha
“Ficou definido, ainda, durante o encontro, que defendemos o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Também somos a favor do voto em lista partidária preordenada no sistema proporcional, garantindo a representação paritária das mulheres e objetivando o recorte étnico-racial. Também queremos a manutenção da fidelidade partidária”, disse Frei Anastácio.
Segundo o parlamentar, a reforma política com participação popular pode modernizar o sistema político do país, garantir o pluralismo e as identidades programáticas presentes na sociedade brasileira. “Para isso é preciso a realização de uma reforma político-eleitoral com participação popular; a luta pela democratização da comunicação de massas;a aprovação de uma reforma tributária;a organização do partido com vistas às eleições municipais de 2012;a continuidade do debate ideológico, cultural e político contra as visões de mundo conservadoras, derrotadas em outubro de 2010, mas que tentam impor suas pautas na sociedade e ao governo”,destacou.
Acompanhamento das eleições
Frei Anastácio disse ainda que o DN decidiu criar uma comissão para acompanhar o processo eleitoral de 2012, em todo país. A comissão vai ser formada pelas Secretarias: Geral, de Finanças, de Organização, de Assuntos Institucionais, de Mobilização e de Comunicação. “Essa comissão também irá fazer uma análise dos resultados das eleições de 2008 e 2010, nos municípios com mais de 150 mil eleitores, para poder confrontar com os levantamentos das eleições do próximo ano. Além disso, irá acompanhar todo planejamento eleitoral em cada estado do país”, relatou.
Eleições do PT em 2011
Outra decisão do Diretório Nacional, segundo Frei Anastácio, foi a realização de Processo de Eleições Diretas (PED), em 2011, para direções do PT nos municípios que não elegeram suas direções em 2009. As eleições deverão ser realizadas no próximo mês de agosto.
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