ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA
O Brasil bateu recorde na criação de emprego formal em 2010, com a geração de 2,861 milhões de empregos formais, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira. O maior número apurado até hoje tinha sido em 2007, com a criação de 1,617 milhão de vagas..
O crescimento na relação 2009/2010 foi de 6,94%, de acordo com dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
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O número de trabalhadores formais no Brasil chegou a 44,068 milhões. Os dados, com o acréscimo dos aposentados e pensionistas, atinge 66,747 milhões.
"Todos os números de 2010 são recordes, e os de 2011 também serão recordes. Em 2011, chegaremos a 3 milhões de empregos formais", garantiu o ministro Carlos Lupi (Trabalho).
A Rais traz também o número de empregos gerados durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os dados, foram criados 15,384 milhões de postos formais de trabalho de 2003 a 2010.
RAIO-X
O relatório traz ainda o número de empregos gerados por sexo, idade e região do país. Em 2010, o número de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho ainda é maior do que o de homens. No ano passado, a alta foi de 7,28% para elas, enquanto eles representaram um crescimento de 6,7%
Apesar das mulheres estarem em maior número no mercado de trabalho, os homens ainda ganham os maiores salários. Enquanto, a remuneração média do homem é de R$ 1.876,58, a das mulheres é de R$ 1.553,44. A diferença é de mais de R$ 300.
O Norte e o Nordeste foram as regiões do país que mais criaram empregos. O Nordeste teve um crescimento de 7,93% postos de trabalho e o Norte apresentou uma alta de 9,9%. De acordo com Lupi, esses números podem ser creditados a construção das usinas Jirau e Santo Antônio. Ele disse ainda que construção da usina de Belo Monte vai gerar duas vezes mais postos de trabalho.
"Com a construção de Belo Monte [os empregos] devem crescer ainda mais nos próximos quatro ou cinco anos. Isso porque quando algum setor cresce, vários outros crescem junto, como alimentação, construção civil e serviços", disse.
O ministro destacou ainda que o crescimento no número de empregos na faixa etária de 50 a 64 anos e acima dos 65 anos. A criação de postos de trabalho para essas idades teve aumento de 10,28% e 12,77%, respectivamente.
"Existe uma demanda por mão de obra com experiência, por isso o crescimento no numero de empregos na faixa de 50 a 64 anos. As empresas estão preferindo contratar trabalhadores com mais experiência, portanto, os mais velhos", destacou.
O Caged contempla a geração de empregos com carteira assinada, enquanto o Rais reporta empregos formais de qualquer tipo: estatutários, celetistas, temporários, avulsos. Os números levados em consideração na Rais são do dia 31 de dezembro de cada ano. Os dados do Caged são mensais, enquanto o resultado reportado na Rais é anual.
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