Nos últimos dias tenho visto manifestações de todos os tipos no que se refere ao destina da Serra do Mursa. A discussão gira em torno da possibilidade de aprovação de emenda ao plano diretor da cidade, possibilitando a criação de loteamento na região. Necessário lembrar que a criação da macrozona ambiental se deu em função da atuação administrativa do PT nesta cidade e a sua preocupação com aquela região que é alvo constante de parcelamentos irregulares e clandestinos.
A emenda de iniciativa do legislativo, do ponto de visa democrático, tem mais representatividade que a decisão do poder executivo, eis que esse poder representa a totalidade dos votos da cidade, enquanto o outro representa parcela dos eleitores, portanto revestido de mais representatividade, o legislativo detém maior legitimidade para a propositura. Embora a emenda possa ter o veto do executivo, o veto também pode ser derrubado. Do ponto de vista da política de alianças partidárias, vemos que a emenda foi aprovada no legislativo por unanimidade, o que demonstra particular interesse do executivo e de 100% da população, incluindo toda a base aliada do poder executivo, vetar a emenda pode arranhar profundamente a política de alianças estabelecida, a derrubada do veto pelo legislativo então seria um retrocesso ainda maior.
Venho aqui dar minha opinião em razão da falta de manifestação do PT de Campo Limpo Paulista, que até o momento omisso que está, deixa brechas para que os partidários sigam suas linhas de raciocínio sem o debate necessário. Esclareço que a grande maioria dos lideres do PT de Campo Limpo Paulista, inteirados no assunto, não têm dúvidas quanto à condução do processo pelo lider do executivo varzino e confiam plenamente naquela administração que saberá encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento sustentável de Várzea Paulista. As manifestações contrárias à administração do PT não são frutos da discussão intra partidária, na realidade são orquestradas por pré-candidatos opositores que enxergaram nesta demanda a possibilidade de ganhos políticos se utilizando de sociedades civis organizadas da região, as quais também têm problemas internos e ingerências tais que revelam o caráter precário da sua administração. Não se trata de defesa da ecologia, mas de interesses políticos eleitorais, que tinham por fim atingir a administração do PT, afinal estamos fazendo a diferença no modo de administrar, a participação popular é patente em toda a administração. Entre farrapos, estão alguns desavisados que me permito caracterizá-los como desorientados, na acepção clássica da palavra, imaginando que podem, sem qualquer conhecimento de causa, impingir ao poder público a sua visão pessoal e imperfeita, sequer tiveram a perspicácia para notar o objetivo político encoberto pela discussão ecológica. Fica aqui meu manifesto, demonstrando que o PT de Campo Limpo Paulista deve ter posição sobre o assunto sim, porém depois de amplamente discutido com quem mais está envolvido com isso, e, tenho certeza, não são aqueles que até agora só protestaram, antes disso, necessário saber quem está na liderança do movimento e com qual objetivo.
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